segunda-feira, 21 de julho de 2025

Urano em Gêmeos até 2032

Urano tem um ciclo de 84 anos através do zodíaco, ficando por 7 anos em cada signo. Esse planeta rege a inovação, a originalidade, a liberdade, a busca por novas ideias, a independência e a autenticidade, reagindo com força e veemência contra as convenções que limitam a verdade, a autonomia e a evolução da vida. Nesse sentido, é muito direcionado a ações que promovem  liberdade, igualdade e fraternidade entre os seres humanos e a novas invenções na área da ciência e tecnologia que ajudem a melhorar as condições da vida humana. Por isso, demanda muitas transformações e mudanças radicais, ou seja, mudanças que envolvem a raiz das questões. Também rege a capacidade de separar as emoções de decisões racionais e imparciais no que se refere à justiça, à verdade e à autonomia, quer seja pessoal, de um grupo ou de uma nação.

O signo de Gêmeos pertence ao elemento ar que rege o pensamento e interconecta tudo. O elemento ar é leve e coletivo, pois todo ser vivente respira e o ar pertence a todos. Em Gêmeos está associado ao hemisfério esquerdo do cérebro, responsável pela mente racional e lógica, o desenvolvimento da linguagem, a capacidade de estabelecer analogias e conexões entre as informações e a rapidez mental. Também rege a escrita, a comunicação, as redes sociais, enfim, a possibilidade de nos relacionarmos e nos conectarmos com tudo. Deste modo, se refere às informações rápidas que vêm e vão no dia-a-dia de nossa vida. Por isso pode ser superficial e até não muito fidedigno porque muitas vezes fica muito mais focado na curiosidade e no movimento em si do que na profundidade e veracidade dos fatos.

Entretanto com Urano em Gêmeos é muito provável que haja uma demanda muito forte por mais verdade nas redes sociais, por leis de controle dessas mídias, com o intuito de coibir crimes de ódios, de intolerância às minorias e etc. Somando com as características de Gêmeos, o signo da diversidade e da multiplicidade de vozes,  a comunicação, o aprendizado e as interações sociais vão se tornar os principais focos da transformação e da liberdade. 

Dicas:

- Esteja aberto para aprender e desaprender.

- Pratique discernimento no consumo de informações.

- Explore novas formas de comunicação e expressão criativa.

- Cultive a flexibilidade mental.

- Mantenha-se atualizado para não perder o vôo e use o cinto de segurança!

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Netuno em Áries

 

Netuno leva 165 anos para percorrer os 12 signos do zodíaco ficando aproximadamente 14 anos em cada signo.

Nesse momento acabou de entrar em Áries e ficará definitivamente nesse signo pelos próximos 14 anos em janeiro de 2026.

Áries é o primeiro signo do zodíaco, elemento fogo e contém o impulso vital da vida. Seu caráter é expansivo, caloroso, vibrante, apaixonado e tenso. Sua ação é impulsiva, abrupta, rude, individualista e com uma forte tendência a se impor e dominar os outros.

No seu melhor confere liderança, coragem e ousadia, disponibilizando suas características para enfrentar e mesmo liderar grandes causas para o bem comum. No seu pior, lança mão da agressividade, violência e arbitrariedade para impor suas vontades sem medir consequências.

O planeta Netuno rege o mundo transcendente, a empatia, a inspiração, a compaixão, a espiritualidade, os sonhos e em última instância, aquilo que não podemos tocar ou ver concretamente, mas que existe e está além da matéria. Por todas essas características, quando não há maturidade e discernimento essa energia leva a ilusões, fantasias, delírios, drogas e psicoses.

Se juntarmos as características de Áries com as de Netuno temos algumas possibilidades:

O fortalecimento de filosofias de vida ou movimentos espirituais com uma forte ênfase na autosuperação, na força de vontade individual e na transformação pessoal e mundial através de ações mais contundentes, diretas e corajosas. Em outras palavras, a luta espiritual, filosófica e até mesmo ambiental, pioneira, inspiradora e atuante, baseada na liberdade, autonomia, respeito e amor ao próximo e à natureza.

Por outro lado essa configuração também propicia uma forte tendência a uma autoimagem ilusória de força e de poder que extrapola qualquer limite do cabimento. O super herói que pode tudo o que quer, tanto no nível pessoal quanto no que se refere a lideranças religiosas e políticas. Uma agenda ariana de prepotência e egoísmo misturada com o delírio netuniano,  líderes prepotentes, mestres das mentiras e do ilusionismo, falsos profetas, que só agem em benifício próprio e de sua corja.

Entretanto, a megalomania pode ser tão fora da real, que o tiro leva muita chance de acabar no próprio pé! Tenho Fé!

terça-feira, 1 de julho de 2025

A Mulher Através dos Tempos

 


Lilith um mito primordial do feminino, surgiu entre os sumérios a 3000 a.C na Mesopotâmia, onde atualmente se localizam o Iraque e o Kuwait.

Seu nome vem da palavra "Lil", que significa "ar", mas o termo mais antigo associado a ela é Lili, que quer dizer "espírito". Em princípio, foi uma deusa muito cultuada na Mesopotâmia e comparada à lua negra, à sombra do inconsciente, ao mistério, ao poder, a magia, ao silêncio, à sedução à fecundidade e à tempestade, representando um aspecto da Grande Deusa e os grandes mitos da criação.

As figuras da Grande Deusa se manifestaram em diversas culturas: no Egito temos Nut, a Mãe-Céu que representava toda a esfera celeste; Maya na Índia e Ishtar na Babilônia.

Lilith  foi frequentemente representada com cabelos longos, asas, corpo sensual e pés em forma de garras de coruja, denotando sua sabedoria.

Porém ela acabou sendo relegada ao papel de demônio na antiga religião judaica, que data de alguns milênios. De acordo com os hebreus, ela teria sido a primeira mulher de Adão, e não Eva. De acordo com o folclore hebreu tanto Adão quanto Lilith foram criados do mesmo barro e a partir de um momento, Lilith rejeitou Adão porque ele tentou forçá-la a ocupar uma posição submissa, não só no relacionamento como também no sexo. Para ela, ambos deveriam ter direitos iguais já que tinham sido criados do mesmo barro. Adão não aceitou as reivindicações de Lilith e ela se rebelou, e com seus poderes mágicos voou para o Mar Vermelho pondo um fim a essa união. Só então veio Eva, a segunda mulher de Adão, que foi criada da costela de Adão, denotando sua inferioridade com relação a ele e que inclusive foi responsabilizada pela tentação de Adão de comer do fruto da Árvore do Conhecimento, causando a queda do Paraíso.

Podemos perceber através de passagens bíblicas tão significativas a construção cultural do patriarcado e de que Deus é Pai, ou seja, um princípio masculino, e o tamanho da encrenca que sobra para a mulher.

A imagem de Lilith foi sendo cada vez mais associada a poderes demoníacos à medida que os valores patriarcais foram ganhando força e passaram a dominar os cenários da vida humana.

Também podemos abordar a história da mulher através dos tempos nos cenários econômico, social e político. Vamos lá!

Por muitos milhares de anos, o Homo Sapiens sobreviveu da coleta de frutos, raízes e sementes e da caça de animais silvestres. Mulheres e homens trabalhavam juntos pela sobrevivência, eram essencialmente nômades e havia igualdade de gênero. Ou seja, não havia distinções hierárquicas entre homens e mulheres, e as relações estavam baseadas em princípios coletivos. As mulheres amamentavam por muito tempo seus bebês, o que diminuía o índice de gravidez, e assim, o excesso de população nos grupos. Não havia reivindicação quanto à paternidade das crianças e o convívio era pelo bem coletivo e sobrevivência do grupo.

Na revolução agrícola, por volta de 10.000 anos atrás, começou o cultivo de milho, trigo, mandioca, cevada e feijão, de acordo com cada região, e assim, foi sendo criado um excedente de alimentos que podia ser armazenado, dando um pouco mais de segurança aos humanos da época. Muitos grupos, antes nômades, começaram a se fixar mais e mais nos lugares de plantio e lentamente foram formando aldeias. Com o excedente de alimentos, as mulheres podiam procriar mais e tinham que ficar em casa cuidando da prole por mais tempo o que foi gerando o aumento da população demográfica. Com o tempo, os humanos foram se apropriando de terras e criando a concepção de propriedade privada. Assim, os homens começaram a reivindicar a paternidade dos filhos, para garantirem que suas propriedades permanecessem na família. Deste modo, pouco a pouco, a mulher foi sendo pressionada e proibida de sair de casa e se tivesse relações com outro homem era severamente punida até com a morte.

Deste modo, a mulher foi totalmente subjugada, considerada um ser intelectualmente inferior, propriedade do pai e depois do marido, e tinha a obrigação de obedecer ao homem. Era totalmente excluída de qualquer espaço de decisão, tanto na área religiosa, quanto social e política e foi colocada num lugar insignificante, ameaçador, vulnerável, sujeita a subserviência e a terríveis punições caso desacatasse as leis e códigos dos sistemas aos quais pertenciam e que atendiam cada vez mais a estrutura patriarcal de poder.

Na Idade Média, com a Inquisição Católica e até os dois primeiros séculos da Idade Moderna, XVI e XVII, houve uma perseguição brutal às mulheres, inclusive pelos protestantes (puritanos) nos EUA.

Elas foram demonizadas, consideradas bruxas, torturadas e mortas aos milhares. A justificativa era que a mulher era intelectual e fisicamente inferior, ignorante, carecia de racionalidade, era fofoqueira, temperamental e provocava os desejos da carne no homem (acreditem se quiser...). Por isso era considerada uma vítima muito fácil de Satanás e por ele facilmente influenciada e possuída. Além disso, eram acusadas por trazer má sorte nas colheitas e a induzir a população à miséria, doenças e pragas. Na verdade, a maior parte dessas mulheres eram viúvas, parteiras, tratavam a população com ervas medicinais, viviam a margem da sociedade e tinham que lutar para sobreviver. Como podemos observar a trajetória da história da mulher tanto do ponto de vista religioso, quanto social e político foi, eu diria, horripilante!

Isso só vem mudando desde a metade do século XX com muitas lutas e ainda há muito que melhorar!

“O feminismo é a noção radical de que as mulheres são seres humanos.” Cheris Kramarae